No final do ano passado a rede Globo de televisão
exibiu o “Festival Promessas 2011”.
Este evento que deve passar a ser anual será parte da grade de especiais de fim
de ano da Globo junto com o especial de Roberto Carlos, Xuxa e outros.
Por conta de minha rotina apertada no fim de ano,
só há pouco tempo eu pude assisti ao programa e li alguns comentários em blogs
e sites afirmando que este festival mostrava o “poder do povo de Deus” e que
agora o evangelho iria ganhar mais espaço e mais respeito.
Sinceramente, não compartilho desta opinião. Muito
pelo contrário, creio que o “Festival Promessas” está mais para promessas de
campanha política mesmo. O único interesse da Globo é ganhar dinheiro às custas
do Evangelho e usar incautos(?) artistas gospel para aumentar seu faturamento
sobre um povo que tende a comprar menos CDs piratas.
A força comercial dos evangélicos é hoje um fator
considerável. A Som Livre, pertencente ao grupo Globo, já é distribuidora dos
CDs de cantores como Matos Nascimento, Carlinhos Félix, Antônio Cirilo, Regis
Danese, Aline Barros, Asaph Borba, Ludmila Ferber, Ana Paula Valadão, Diante do
Trono, Nívea Soares, André Valadão, entre outros.
O que me incomoda é que a história mostra
claramente que toda vez em que o Evangelho foi “convidado” a participar dos
projetos de qualquer instituição secular, o que ocorreu foi que a instituição
secular não mudou, mas o evangelho se corrompeu.
Foi assim desde os tempos da Antiga Aliança, quando
os reis de Judá se aliavam a reis ímpios para encontrar proteção e continuou
sendo assim ao longo da história da Nova Aliança. O próprio satanás propôs uma
aliança com Jesus. Quando o bispado de Roma se aliou ao império de Constantino,
não foi Roma que mudou, mas a Igreja Católica que se corrompeu. Quando a igreja
Luterana se deixou seduzir pelo discurso nazista na Alemanha, não foi o regime
de Hitler que mudou, mas a igreja deixou de ser voz profética e se tornou cega
para o horror do holocausto.
Sempre tem sido assim quando a igreja participa dos
projetos, planos e idéias proposto por entidades e instituições seculares. Não
será diferente agora. O segmento gospel é apenas mais um segmento comercial
para a Rede Globo. Estamos nos aliando a uma instituição que vê no Evangelho
uma forma de ganhar dinheiro e apenas isto.
Não será a rede Globo que irá mudar, seremos nós.
Pode ser até que cresçamos em número e em
importância, como aconteceu com a Igreja Católica e a Igreja Luterana, mas o
preço a ser pago por este poder e crescimento será nos tornarmos cada vez mais
irrelevantes espiritualmente e cada vez mais distantes do Senhor.
Com muita tristeza no coração e o desejo de que o
Senhor nos acorde enquanto é tempo.
Pr. Denilson Torres
Ministério Fruto do Espírito
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